Compositor: Charles Dumont / Jacques Plante
Uma valsa
Uma estranha valsa
Toma toda a praça
Nos meus devaneios
E minha vida
Ela evoca
Uma distante época
Uma decoração barroca
A antiga Rússia
E suas loucuras
E eu invento
Uma cidade imensa
Que canta e que dança
É São Petersburgo
Das noites brancas
E me escapa
Circulando em ondas
Tocada pela graça
Eu fecho meus olhos
É maravilhoso
E a minha valsa
Tornando de gelo
Todo o palácio
De ouro e cristal
Nas noites de baile
Vestido longo
O vôo da pomba
A luz e a sombra
Tudo gira de uma vez
Em volta de mim
Eu tenho a febre
De sangue sob meus lábios
O Fogo da festa
Eu já não sei bem
Se eu sonho
E eu danço
No meu vestido branco
Dois dedos sob a manga
De um jovem aspirante
Eu tenho dezessete anos
Esta valsa
Esta é apenas a valsa
Que a orquestra em frente
A este Cabaret
Toca sem parar
Meu belo príncipe
Não é grande, nem magro
No frio que prega
Ele faz seu trabalho
É o porteiro
Do céu pálido
Uma neve suja
Descendo em rajada
E cai sem barulho
Sobre o Pigalle ...
Os ensinamentos
Em cartas que sangram
Acendem-se e se apagam
No coração de Paris
Hotel da Rússia ...
Hotel da Rússia ...
Hotel da Rússia ...